Acabei de ver no Jornal uma reportagem sobre mais um acidente com Jet Ski no litoral de São Paulo, que causou a morte de Grazielly, uma menina de 3 anos que via pela primeira vez o mar. Parece que o veículo era pilotado por um adolescente de 14 anos, logicamente sem habilitação, que fugiu do local sem prestar socorro. Esse tipo de notícia me faz pensar sobre a criação que é dada hoje em dia às crianças, em como esse adolescente foi criado. E penso na criação e educação que Eu proporciono ao meu filho.
Lembro que meus pais sempre diziam que queriam dar aos filhos tudo aquilo que eles mesmos não tiveram. E eu imagino que eles queriam dizer educação, lazer, mas isso não incluía conforto, brinquedos caros (na verdade nem baratos). Tanto meu pai quanto minha mãe, principalmente esta, trabalhavam quando crianças, não tiveram infância, não foram à escola. Mas eu e meus irmãos fomos criados de outra forma. Não precisávamos trabalhar, podíamos brincar na rua a tarde toda, e nossa maior felicidade era ver meu pai chegando do trabalho em sua bicicleta. Com os olhos brilhantes, nós perguntávamos: "Pai, o que você trouxe?" Ele sempre trazia balas, e no dia do pagamento, chocolates ou alguma coisa mais cara. Éramos felizes com coisas tão simples!!!
Então eu cresci e tive meu filho. E também disse que lutaria para dar a ele tudo que eu não tive. E com isso eu quis dizer conforto e mimos. Isso porque, apesar de ter crescido em um ambiente familiar - pelo menos até uns doze anos, quando meus pais se separaram - e de ter sido criança por um looooongo tempo, sempre tinha aquele brinquedo que a colega ganhava dos pais e eu não. Tinha a roupa da moda que todas usavam, menos eu. Eram certos mimos que, hoje em dia eu não dou importância, mas que naquela época... era o fim do mundo!!!
Talvez por isso eu tente dar ao meu filho essas futilidades que eu sentia falta quando criança. Meu coração ficaria partido se eu visse alguma criança caçoando dele porque todos têm um skate e ele não. Talvez isso trouxesse fantasmas que eu pensava já ter abolido de minha vida. Trabalhei e dei ao meu filho um computador, um video game, paguei escola particular por um tempo, curso de informática, futsal, festas de aniversário com o tema que ele queria, enfim... coisas bobas que ele me pedia e outras que eu achava necessárias. Então fico pensando... o que será que meu filho vai sentir necessidade de dar ao filho dele? O que lhe falta?
E penso ainda... que tipo de frustração os pais daquele adolescente tiveram na infância, que fizeram com que criassem um filho tão sem limites e tão super protegido? Li em um site que o garoto fugiu da cidade com os pais em um helicóptero. Será que hoje em dia a necessidade de proteger e mimar os filhos é tão grande que ultrapassa os limites do bom senso e de sentimentos nobres como a solidariedade e o respeito ao próximo? Sair sem ao menos prestar socorro?!?!?! Esses pais não entendem que sua função é ensinar ao filho o que é certo e o que é errado, é assim que preparamos nossas crianças para enfrentar a vida quando adultos. Se por um lado, os filhos devem honrar e obedecer aos pais, por outro lado, que exemplo de vida os pais devem dar aos seus filhos?
Agradeço aos meus pais porque, apesar de faltar certos mimos, recebi a base que precisava para cuidar de mim e lutar para criar meu bebê (atualmente com 8 aninhos) com sabedoria.
Aproveito para citar o que a bíblia ensina tanto aos filhos quanto aos pais, a respeito de sua convivência:
Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo."Honra teu pai e tua mãe", este é o primeiro mandamento com promessa:"para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra".Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor.Efésios 6:1-4
Uma boa tarde e um abraço a todos!!!
Olá Valquíria, olha eu aqui de novo...
ResponderExcluirAlguns pontos do teu texto me emocionaram, chegaram a lembrar a minha própria infância... Eu penso que às vezes o excesso de mimos durante a infância pode fazer mais mal do que bem... Certamente os pais que foram permissivos ao deixarem o garoto de 14 anos pilotar a lancha, talvez não tivessem a noção de que aquilo pudesse causar uma tragédia, talvez para eles fosse só um mimo... às vezes, ao sentirmos falta de algo material na infância, estamos aprendendo a valorizar o não material (foi por não ter tudo, que hoje você pode lembrar com carinho de cena de seu pai trazendo balas) e ainda nos preparando para o mundo na vida adulta que nem sempre nos oferecerá tudo o que queremos...
O que vc disse é muito verdade, Bruno. Certamente o garoto não tinha a intenção de matar ninguém, tampouco os pais sabiam que aquilo aconteceria, mas até onde podem ir esses mimos inofensivos? Por isso peço a Deus muita sabedoria para criar meu filhote com os limites certos, sem exagerar pra mais nem pra menos.
ExcluirMais uma vez obrigada pela visita =)
Muito bom o seu texto Valquiria, a Joicy, do Blog Umas e Outras, colocou um post parecido dias atrás, eu ainda não tenho blog, mas participo da Blogosfera a convite dela, porque gosto de comentar nos bogs, inclusive do Bruno acima. Eu sou cristã, assim como vc, e tenho dois filhos, o Daniel tem onze anos e o Fernandinho tem cinco, é difícil mesmo educar nos dias de hoje, mas com a ajuda de Deus a gente chega lá. Prometo que agora sempre passo por aki tbém. Bjos. Fique na paz. Luciana Souza.
ResponderExcluirObrigada pela visita e pelo coment, Luciana.
ResponderExcluirVolte sempre que quiser, e sempre que puder estarei com novidades. Bjus e fique com Deus.
Qeu bom que pude unir vc à Joicy com meu comentário, ela é uma pessoa maravilhosa que conheci no final do ano passado, mas parece que faz um tempão que a gente se conhece, a gente sempre se fala no face book, e eu sempre comento no blog dela. Agora que te conheci, gostei muito de vc e do seu blog, e sempre estarei por aqui. Logo terei meu blog, eu já tenho sobre o que escrever, só falta começar. Tenha um bom dia. Bjos. Fique com Deus. Luciana Souza.
ExcluirLegal, Luciana. Faça mesmo seu blog, estarei lá prestigiando com certeza =) é só avisar. Eu espero através do blog fazer novas amizades, encontrar pessoas com gosto comum e por enquanto graças a Deus as coisas estão indo bem, conheci pessoas ótimas na Blogosfera.
ExcluirBeijos e fique na paz.
Olá, Valquíria, tudo bem? Fiquei muito feliz com seu comentário lá no Umas e outras... vejo que foi a Luciana quem lhe enviou para lá, né? rs
ResponderExcluirObrigada por seu comentário lá, viu? Volte sempre... de fato, há certa semelhança entre nossos posts, uma vez que minha postagem falava do papel da família na vida dos filhos e como elas têm cumprido seu papel.
Infelizmente, como vc disse lá, os valores estão completamente "degringolados". Precisamos de famílias que compreendam o seu real papel na vida de seus filhos e compreendam que eles necessitam deles para ajudá-los a seguir em frente. Muitos agem como se as crianças fossem descobrir tudo sozinhas. Esquecem-se de que seus filhos precisam de um referencial saudável. Sou uma mãe presente e me preocupo com o futuro do meu filho. Quero que ele saiba lidar com as situações do dia a dia... por marido e eu sermos pessoas não muito convencionais(visualmente falando e por nossos gostos peculiares) as pessoas acabam tirando conclusões precipitadas a nosso respeito(isso nem nos afeta) e pensam que somos do tipo "pais despreocupados e largados"... o que não é o preconceito, né!? Modéstia à parte somos ótimos pais e acho que damos um banho em muitos pais "aparentemente convencionais", mas que no fundo não cumprem seu papel de pais(estilo, visual não é nada... as pessoas precisam saber separar as coisas. Os políticos engravatados que nos digam. né!?).
Vc está certa em acompanhar seu filho de perto. Acho que um grande erro é pensar que deixar o filho amadurecer é deixar que ele faça tudo do jeito que quer... a criança precisa sim adquirir autonomia, mas isso deve acontecer aos poucos e pra isso ela precisa muito do acompanhamento familiar para se sentir cada vez mais segura para fazer suas próprias escolhas e, quando chegar a hora certa, poder lidar com suas decisões sozinha.
bjs JoicySorciere => Blog Umas e outras...
Não liga pelos comentariões não, viu? Sou dessas... se vc não se importar... rsrsrsrs
ExcluirOi, Joicy. Amei seu comentário, obrigada e volte sempre também!
ExcluirEu como mãe solteira preciso ter sabedoria em dobro pra cuidar do meu baby. Sei que não sou perfeita, mas tento ao máximo fazer a minha parte, e ensinar meu filho o caminho correto. Se depois de adulto ele não quiser seguir, vou sentir muito, mas não quero me sentir culpada por nada.
E pode comentar a vontade. Vou amar ler e responder cada um. Grande beijo.
Ola Valquiria é a primeira vez que apareço no seu espaço vindo da blogosfera no face. E já estou seguindo...
ResponderExcluirEsse caso que passou hoje nos jornais me deixou perplexo, mas penso que muitas vezes não é só o instinto materno ou paterno de querer proporcionar ao filho tudo o que não tiveram na infância, mas também porque esses brinquedos "caros" servem como uma espécie de "pagamento", ou mesmo um relaxamento de culpa na consciência, perante a ausência! Muitos pais passam o dia trabalhando e também não abrem mão do seu momento de lazer e muitos desses filhos acabam sendo criados por terceiros e então começa um problema sério...
Abraços Flávio.
--> Blog Telinha Critica <--
Ola, Flavio, seja bem vindo.
ExcluirObrigada pelo comentário, achei seu ponto de vista muito interessante. Volte sempre. Também estou te seguindo, ok?
Muito lúcida sua postagem.
ResponderExcluirHoje em dias muitos pais incorrem no erro de dar demais aos filhos, deixando-os despreparados para as frustrações que porventura ocorrerrão em suas vidas mais tarde.
Muito disso tem a ver com o que nosso colega Flávio escreveu acima.. precisamos trabalhar para conseguir comprar, para dar conforto aos filhos, para garantir o futuro deles, mas estamos acompanhando o presente das nossas crianças?
Muitas coisas simples e que fazem bem estão sendo esquecidas...
Boa lembrança o trecho da Bíblia que postasses.
Obrigada pela visita e pelo comentario, que bom que gostou. Ah, se nossos filhos soubessem que as pequenas frustrações de hoje não são nada perto do que podem passar no futuro!!! O que me conforta é saber que um dia ele vai me agradecer, assim como hoje agradeço à mamãe pelas vezes que me disse não.
ExcluirVolte sempre!!!