É hoje... 28 de abril de 2013. Bacharéis em direito estarão
reunidos em diversas salas pelo Brasil a fora a fim de cumprir mais uma etapa na
carreira que escolheram: O exame da OAB. Eu sou uma dessas bacharéis que estará
daqui a pouco fazendo essa prova, e enquanto digito esse post, me pergunto o
porquê de tanta pressão nesse dia. Afinal de contas, eu não sou uma concurseira
desde meus dezoito anos e não estou acostumada a fazer cerca de três provas por
ano? Fiquei aqui comparando esse Exame de Ordem com meus concursos e surgiu
mais uma página do Diário de uma Concurseira, vamos lá?
Bem, eu
resolvi dar uma pausa nos estudos para o concurso do MPU e dedicar uma
semaninha à OAB, leitura do Estatuto (serão 10 questões) e resolução de uns simulados,
e foi aí que me bateu um desesperozinho: É muita coisa para estudar, não dá
tempo de ver tudo em uma semana, claro, nem eu cheguei a pensar nisso. Penso que
nem tudo que estudei para o MPU me servirá nessa prova de hoje (pelo menos nos
simulados não caiu quase nada do que á sei), até porque o foco é outro, neh? A
visão que o Ministério Público tem da Lei é quase sempre oposta à do advogado,
visto que, via de regra, os dois estão em lados opostos, pelo menos em se
tratando da área criminal.
Mas o que
de fato deve me acalmar neste dia é saber que a pressão do exame da OAB não se
compara à pressão do concurso para o qual estou me preparando, embora aquela
primeira seja considerada por alguns mais difícil. Para acalmar a mim mesma, fiz uma pequena lista de motivos para não me desesperar tanto hoje. Veja bem:
Primeiro motivo: No concurso
público, preciso fazer o máximo de pontos, acertar o máximo possível de
questões, caso queira ser aprovada, enquanto no Exame de Ordem, basta acertar
50% das questões e estarei na segunda fase. Tratando de uma estatística
pessoal, nunca fiz uma prova em que acertasse menos de 40 questões, então se
acontecer agora, será uma nova experiência para mim, experiência ruim, claro. Sendo
assim, vou um pouco mais confiante nesse quesito.
Segundo motivo: O concurso
público me garante a nomeação para um cargo público, com estabilidade e boa
remuneração, ou seja, aquilo que venho buscando com tanta veemência nos últimos
anos (sente a pressão de passar numa prova dessas), enquanto a aprovação neste
primeira fase da OAB apenas me garante a participação da segunda fase, mais
difícil e que, se eu passar, poderei fazer o pedido da minha Identidade
Profissional, a famosa “carteirinha da OAB”, pela qual vou pagar uma anuidade
de cerca de R$ 800,00 e que, caso eu queira advogar, só vou receber algum
dinheiro daqui a mais ou menos um ano, quando saírem os resultados dos processos.
Terceiro motivo: Os melhores
concursos públicos são lançados, no mínimo de dois em dois anos, quando o
normal é serem abertos de quatro em quatro, devido à prorrogação de validade
bastante comum. Concurseiro que é concurseiro acompanha as nomeações dos
concursos anteriores, quantidade de vagas a serem abertas, entre outras coisas,
porque não é todo dia que aparece essa chance tão esperada. Já o exame de ordem
é feito duas ou três vezes ao ano, ou seja, se eu não passar nesse, em agosto e
em dezembro tem outro.
Bem,
pessoal, termina por aqui mais uma página do Diário dessa concurseira que vos
escreve. Até porque, planejei sair de casa por volta de onze horas e já são dez
e quarenta. Tem tanta coisa ainda que queria escrever, mas vou deixar para o
próximo post. Peço aos parceiros e amigos que fiquem na torcida pra eu não precisar
mais passar por isso, porque essa sensação de estar sendo pressionada é chata
pra caramba.
Beijos pra
quem fica e aproveitem o domingo.
Desejo toda sorte do mundo para ti.
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