Visitantes da tia Val

sábado, 7 de julho de 2012

Espiritualidade: Minha vida com Cristo

Olá, pessoas queridas do meu coração. Estou participando de minha primeira blogagem coletiva, aderindo a uma das brilhantes ideias de meu parceiro Chris, do Lisérgicos. E o fato de participar de um projeto como esse pra mim já é um desafio, por ser minha primeira experiência no ramo, e mais ainda pelo fato de o Chris ter proposto um tema tão polêmico. Já dizem que há três coisas que não se discute: política, futebol e religião. Uma discussãozinha sobre futebol até me atrai, política dificilmente, e religião... bem, vamos ao post.

Pois bem, eu sou cristã, serva de Deus, filha do Rei, tipo uma princesa, sabe? >.<




E como a palavra "cristão" é utilizada para definir todo aquele que crê em Deus, e acaba por ser abrangente demais, digo que sou uma cristã protestante. Termos como crente ou evangélica não me agradam muito, principalmente porque hoje me dia ser evangélico virou modinha, existem denominações no protestantismo que pregam uma facilidade errônea em servir a Cristo. A Bíblia diz que estreita é a porta e apertado o caminho que leva à vida, mas há igrejas evangélicas pregando por aí que você pode servir a Deus de qualquer jeito, sem qualquer mudança de vida. Não concordo com isso, penso que tal atitude torna nulo o sacrifício de Jesus na cruz, que morreu justamente para pagar pelos nossos pecados.

Mas minha intenção neste post não é pregar a minha crença e nem evangelizar ninguém, topei participar da blogagem coletiva para dizer um pouco da minha experiência espiritual, sem a pretensão de explicar, porque experiência com Deus é algo pessoal, individual, e ninguém terá uma como a minha, da mesma forma que se você me explicar a sua, eu certamente não a visualizarei da forma como foi.

Pois bem, quando nasci fui batizada na igreja católica, mas confesso que não me lembro de ter assistido sequer uma missa em toda a minha vida, não tive aulas de catecismo e nem fiz primeira comunhão, como todas as crianças que conviviam comigo. Então, nem vou dizer que já fui católica um dia. Posso dizer que o protestantismo foi meu primeiro e único contato com Deus. Comecei a participar sozinha das atividades da igreja batista aqui perto de casa, e mais tarde minha mãe se converteu, fazendo com que eu também levasse esse negócio mais a sério.

Aos onze anos, me batizei e me tornei um membro ativo na igreja, participava da equipe de louvor (minha voz estava mudando, imaginem a cena, hahahahah), fazia parte do grupo de adolescentes, das mensageiras do Rei, e fui até professorinha das crianças na escola dominical. Orava, estudava a bíblia, era realmente uma cristã praticante, mas hoje sei que, apesar de tudo isso, não tinha uma experiência verdadeira com Deus.

Então... "me desviei"... não sei precisar quando isso aconteceu, se aos dezesseis anos ou aos vinte, não sei mesmo. Acho que comecei a me afastar aos poucos da igreja, mas não completamente por causa de minha mãe. Nesse período fui mãe solteira, e depois disso ainda voltei e tentei retomar minha vida cristã, mas chegou uma hora que chutei o balde de vez. Fui para o mundo, como dizem, e me permiti viver tudo que não tinha vivido na minha adolescência. Não vou relatar tudo que fiz neste post, mas posso dizer que pequei bastante. Mas olhem, não pensem também que eu fui a maior das pecadoras, porque, como diz meu pastor hoje em dia, quando somos de Deus, não sabemos nem pecar direito, rsrsrrss.

Foram quase dez anos afastada realmente de Deus. Digo isso porque, já vi muitas pessoas que não frequentam igreja nenhuma, mas mantem um contato com Deus a sua forma. Eu, nem isso. Não queria nem ouvir falar dEle, ficava irritada com os sermões de minha mãe, deixava amigos falando sozinhos e talz... me rebelei, mas lá no fundo eu sabia que estava era com vergonha de Deus, porque conhecia o sacrifício de Jesus por mim e estava jogando isso fora. Ainda afastada, tive medo do inferno, mas nem isso foi capaz de me fazer voltar.

Meu retorno também foi inesperado. Eu estava no auge da vida errada e, aquele era o momento mais improvável para retornar, mas foi aquele o momento que Deus preparou para mim. Minha mãe já não dizia mais nada sobre o assunto, apenas orava por mim. E eu, com minhas próprias pernas, sem pressão, sem ameaças, procurei o pastor para conversar. E meu retorno não foi um simples ato de levantar a mão na igreja durante o apelo e pronto, estou de volta. Não... foi um processo doloroso, e foi durante esse processo que eu tive minha verdadeira experiência com Deus, foi quando O conheci realmente. Quando escolhi Deus na minha vida, abri mão de tudo que estava vivendo contrário aos seus ensinamentos, como eu disse, não existe encontro com Deus sem mudança de vida.

Sei que muitos não concordam com isso, com a tal mudança de hábitos. O que posso dizer é que essa mudança não é automática. Como dizia um outro pastor amigo meu, não existe uma bolha descendo do céu quando aceitamos a Jesus e puft... agora sou crente, sou santa. Sei que hoje, ainda não sou perfeita, tenho muito que mudar em minha vida e sei que nesta terra ainda não alcançarei a perfeição, porque a natureza do ser humano é pecamisona. Mas quem me conheceu antes e agora, percebe a mudança de vida, mesmo que eu não diga nada. É diferente de ver pessoas gritando aos quatro ventos que são crentes ou evangélicas e não mostrarem nenhuma mudança prática em sua vida, que continuam falando mal dos outros, armando barraco por nada, traindo o marido ou esposa... isso citando coisas leves que vemos por aí.


Quem acompanha meus escritos aqui no Apenas Palavras, sabe que eu não sou de evangelizar pela internet e nem de ficar tentando convencer as pessoas que minha religião é a certa, até porque, como eu disse, a experiência com Deus é pessoal de cada um, pode ser compartilhada, mas não servirá para outra pessoa. Mas existem certas atitudes do dia-a-dia que evidenciam a presença de Deus na nossa vida, e essas sim, podem levar os outros a querer experimentar a mesma coisa, essa mesma presença. Ver a mudança de vida de meu irmão em casa ajudou bastante para que eu tomasse minha decisão, ainda que ele não tentasse me evangelizar, ele sabia que ficaria falando para as paredes.

É isso, meus queridos. Não sei se o texto atingiu seu objetivo, mas saibam que procurei falar somente daquilo que sei e que sinto, sem emitir opinião a respeito de outras religiões, afinal, quem sou eu para falar qualquer coisa daquilo que não conheço, não é?

Foi um prazer participar desse projeto, ainda que com um dia de atraso. Beijinhus a todos e até a próxima =)

Segue o link para os outros blogues que estão participando do projeto: Clique aqui



20 comentários:

  1. OLá Valquíria, boa tarde!

    Obaaa, a primeirona a comentar?

    De inicio,já gostei do teu relato sobre a tua experiência de vida com a tua religião.Na verdade, vejo como um bonito depoimento desse teu lado com as práticas evangelizadoras, que aprecio demais quando se trata de jovens como você. ( Anos atrás , também eu , fui monitora na infancia e juventude , no centro espírita ao qual participo)

    O importante de tudo, Valquíria, é a prática da espiritualidade que vem de dentro pra fora, pois é ela que influencia nossa vida, posturas e escolhas! E, pelo visto, é assim, com você, de forma muito bonita!

    Também estou na Blogagem Coletiva, embora não tenha falado de Religião, propriamente dito...

    Parabéns pela linda participação nessa Blogosf era Coletiva, adorei!

    BJos da LU...

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  2. Olá Valquíria, boa noite!
    Tudo bem?

    Não canso de repetir que a experiência de ler vários blogs sobre um assunto que gosto muito - espiritualidade - está sendo fantástica! É uma delícia poder ver como cada um, a partir da sua própria experiência de vida, foi ou não de encontro a Deus.

    Sei que optamos por crenças diferentes, mas uma coisa que falou e concordo muito é com a mudança que temos que fazer para podermos ser uma pessoa melhor, o que na doutrina que sigo chamamos de reforma íntima, procurando por em prática os ensinamentos do Mestre Jesus. Essa mudança é difícil em virtude das facilidades que o mundo oferece todos os dias, mas a caminhada no amor é glorificante!

    Belo texto que serve de exemplo para todos!

    <a href="http://telinhacritica.blogspot.com.br> --> Blog Telinha Crítica <-- </a>

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  3. Boa noite, Valquíria.
    Eu não sigo religião alguma, e creio que espiritualidade nada tem a ver com religiosidade, se formos sinceros com nós mesmos e levarmos uma vida digna, nada temos a temer ou nos envergonharmos.
    Cada ser humano no mundo é singular e insubstituível, o que faz com que as experiências religiosas sejam inúmeras e variadas, sendo assim, creio que não existe espiritualidade ruim, apenas diferente, e todas elas são válidas.
    Abraço, Valquíria.

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  4. Olá Valquíria,

    Lindo seu relato de como encontrou-se e vivencia sua fé com convicção.Adorei conhecer sua espiritualidade.Parabéns.
    Abraços.

    http://eternamentevv.blogspot.com.br/2012/07/espiritualidade-blogagem-coletiva.html

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  5. Estou rindo aqui, como seria não saber percar direito? ahaha.
    Val, gostei muito do modo que induziu o texto, como disse para você no Facebook, tão pessoal e imparcial ao mesmo tempo, o que para muitos não é fácil ao debater o tema. E agradeço por ter topado a proposta.
    Acredito que todos nós temos nossos momentos de revolta, a diferença é que alguns, por não ter muita personalidade não tem coragem de encarar de frente as imposições da família como você o fez e ficam rodeados na hipocrisia. Estes raramente crescerão espiritualmente, acredito, porque devem passar pelo processo de auto-conhecimento que somente uma boa reviravolta na vida pode conduzir.
    Você é das poucas pessoas da blogosfera que nascendo em lar católico não passou muito perto da Igreja. rs.
    Meus muitos parabéns pelo post!

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  6. Olá!Bom dia!
    Tudo bem?
    ...esta era a "intenção" da Blogagem: conhecer as experiências e o histórico dos participantes, num mesmo tema, a espiritualidade...e os seus escritos, de forma bem sincera, cronológica, e sem nenhum ato de persuasão, atingiu em cheio e me agradou inteiramente. Parabéns!
    ...penso que Deus é o Deus de todos os homens. O caminho para Deus é o dos católicos, dos muçulmanos, dos místicos, dos ateus, dos evangélicos, dos protestantes. Deus não faz acepção de pessoas. Cada um segue por uma estrada. É claro que existem caminhos mais longos e caminhos mais curtos. Ou como no seu caso, mudanças de caminhos, hábitos. Não existe um caminho absoluto. E você aprendeu por outros caminhos.Que tenha sido assim.Importante, que a sua mudança aconteceu de dentro para fora...
    Obrigado pelo comentário em meu blog!
    Bom domingo!
    Beijos

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  7. Pelos links que iam participar, já tinha vindo aqui mas não tinha ainda esse belo texto, que foi além de um relato rumo ai firmar espiritual, uma experiência única com Deus, pois a Palavra de Deus diz que aqueles que buscam a Deus, O encontram seja em que momento for e de que maneira esteja. Deus refaz nossas vidas, transforma os sentimentos... Não há pecadinho ou pecadão para Deus, Ele limpa tudo!
    Se somos filhos de Deus, e co-herdeiros com Cristo, então realmente somos príncipes e princesas!
    Parabéns pelo texto Val!
    Beijokas doces

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  8. Val, das discípulas do Mestre Jesus você é a mais sensível, dedicada, separada. A espiritualidade para ser eficaz precisa de intimidade com "seu" Senhor principalmente. Não há experiência espiritual sem relação com o Divino e nem espiritualidade somente na alma ou persona. Profundidade no conhecer é o que Deus nos orienta.
    Precisamos ser conhecido por Aquele que tem todo poder em todas as esferas da vida e conhecê-Lo tal como Ele é, da forma que ele nos permite conhecê-Lo. Que nosso Senhor Deus em Jesus Cristo abençoe sua Vida.
    Você Valquíria Paula O conheceu e Ele se deixou ser conhecido à você.
    Parabéns pela linda, pura e verdadeira espiritualidade. Amo vc!
    Seu Orientador espiritual.
    Alexandre Soares.

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  9. Muito bonita a sua fé.
    Seu relato é verdadeiro e impressiona.

    Parabéns!

    ;D

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  10. Muito interessante seu texto, primeiro agradeço a gentileza das palavras deixadas no meu blog.
    Disse tudo não podemos impor a ninguém a experiencia, tanto que vc foi para a igreja, saiu e depois voltou mais forte. Creio que isso foi devido a tudo que passou na vida nesse período.
    Deus tem um jeito todo peculiar de trabalhar com cada alma, digo isso pq na igreja que menos queria estar é onde o encontrei.
    Mas no fundo o que importa é servir a Deus de coração e não por obrigação, tradição ou medo. Tenho grandes amigos na Igreja Batista e por muitas vezes oramos juntos, nas adversidades é que vemos nossos verdadeiros irmãos.
    Fk na paz de Deus.

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  11. Adorei sua experiência relatada, é uma história muito bonita...até me emocionou. Saudades de suas visitas. Parabéns pela postagem!


    Beijão, www.spiderwebs.com.br

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  12. Val, gatona!
    Sabe? Estou na dúvida se já não comentei aqui, será?

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  13. Ops! haha
    Mandei o comentário rsrs
    Então lá vou eu de novo!

    Val, gatona!
    Gostei bastante do teu relato, pois mostra maturidade na escolha e vivência como opção de espiritualidade. Também achei interessante a forma com que você escreveu, aproximando o leitor de tua experiência!
    Beijos!

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  14. Oi Val... bem, vc já sabe que eu não sigo religião alguma. Confesso que não gosto do termo "desviar"... hahahaahah... aliás, para muitos eu sou uma eterna desviada, tendo em vista que eu já fui cristã protestante(Presbiteriana... e atuante, pode acreditar!) por muitos anos.

    Não acredito no pecado... assim como não acredito no castigo.

    Acredito no certo e errado. Acredito nas consequências dos meus atos...

    Acredito que a espiritualidade é individual.

    Achei muito legal como vc expos sua religiosidade. Acho que um dos objetivos da blogagem era isso, podermos conhecer cada um dos participantes, dentro da temática espiritualidade.

    bjks :) JoicySorciere => CLIQUE => Blog Umas e outras...

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  15. Adorei seu depoimento... muitas vezes, precisamos, como você escreveu, ter a sensação de que estamos "jogando o bem fora", precisamos nos afastar para enxergar com clareza.
    Você precisou de sofrimento para compreender a sua verdadeira fé, sua espiritualidade.Se não tivesse sido assim, quem sabe não terias tanta convicção, tanta fé agora? O Criador sabe o que cada um de nós precisa, e deu a você a chance de retornar. Achei muito legal a forma aberta como escrevestes, sua consciência e clareza.
    Parabéns pela contribuição à blogagem. Abraços!

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  16. Oi !

    Vim aqui avisar que você foi indicado no meu blog! Acesse e veja como funciona!

    http://enipefi.blogspot.com.br/2012/07/entrando-na-onda-de-barbie-blogueira.html

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  17. Oi !

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  18. valquiria seu espaço é precioso, tem vida, gostei. parabens por investir nele. ja estou seguindo. prossiga. que Deus te abençoe sempre lamarque

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  19. Oi Val
    Voltando de férias, por isso estou atrasada nos comentários, acho que vc arrasou ao expressar sua fé em Jesus. Adorei! Jesus não é religião, é uma pessoa, e penso como vc, não costumo usar o blog para pregar o evangelho. Me orgulho de vc, minha irmã em Cristo.
    Bjão. Fique com Deus.

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  20. OI Querida! Obrigada pela visita e pelo comentário em meu blog. Desculpe a demora em responder. Eu cliquei no seu blog e cai neste post sobre a sua conversão.
    Que testemunho lindo! Esse é o nosso Deus!
    Quando ele nós chama, fica tudo pra trás... "As coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo...".
    Eu também um dia, já fui do mundo. Na época que estava separada, dei muitas cabeçadas...
    Só não me arrependo de todas bobagens que fiz, porque num belo dia tb encontrei a Jesus (em meio a todo aquele vazio que eu sentia...).
    E essa melhor escolha que fiz!
    Que Jesus continue te abençoando e que vc esteja sempre firmada na Rocha!!
    Um grande beijo, com carinho...Adelisa.
    http://adelisa-oquerealmenteimporta.blogspot.com.br/

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Que bom que você leu o post até o final, sinal de que não era tão chato assim, neh? Seu comentário é muito importante para mim, não saia sem deixar um Oi, para eu saber quem veio me visitar. Sempre que posso, retribuo as visitas. Bjokas da Val!

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